sábado, 3 de novembro de 2012

O poema

Um poema como um gole d’água bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como uma pequenina moeda de prata perdida
Para sempre na floresta noturna.
Um poema sem outra angústia
Que a sua misteriosa condição de poema.
Triste.
Solitário.
Único.
Ferido de mortal beleza.
Mário Quintana

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