“A primitiva adoração dos ídolos
certamente se originou do medo que certas coisas provocaram, ou, melhor dito,
do medo que sua necessidade e a obrigação de zelar por elas induzia. Tal
responsabilidade parecia tão grande que os indivíduos sequer ousaram confiá-la
a um só super-homem, cuja intermediação seria por certo insuficiente para
aliviá-la, pois o relacionamento com ele ainda estaria sob pesada
responsabilidade. Foi então que decidiram dotar todas as coisas de
responsabilidade por si próprias e, mais ainda, também de limitada
responsabilidade pelo homem.”
Franz
Kakfa, in Contos, fábulas e aforismos
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