“Quem
sabe direito o que uma pessoa é? Antes sendo: julgamento é sempre defeituoso,
porque o que a gente julga é o passado. Eh, bê. Mas, para o escriturado da
vida, o julgar não se dispensa; carece? Só que uns peixes tem, que nadam
rio-arriba, da barra às cabeceiras. Lei é lei? Lôas! Quem julga, já morreu.
Viver é muito perigoso, mesmo.”
Riobaldo, in Grande
Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa
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