fazer poesia é uma forma
de jardinagem:
manipular as plantas,
as coisas vivas.
umas fenecem,
outras surpreendem-nos
ao acordar,
pela carne
que discretamente
desenvolveram
durante a noite,
pelo tacto de veludo,
pela luz que parece
vir do seu centro.
às vezes, há uma flor que pende
no meu escritório,
e eu diria perdida.
e subitamente, a mesma flor
ressurge
no canteiro da varanda,
no lado oposto da casa.
fazer é polinizar,
provocar efeitos,
mas nunca se sabe
para que tempo,
nem a que distância.
de jardinagem:
manipular as plantas,
as coisas vivas.
umas fenecem,
outras surpreendem-nos
ao acordar,
pela carne
que discretamente
desenvolveram
durante a noite,
pelo tacto de veludo,
pela luz que parece
vir do seu centro.
às vezes, há uma flor que pende
no meu escritório,
e eu diria perdida.
e subitamente, a mesma flor
ressurge
no canteiro da varanda,
no lado oposto da casa.
fazer é polinizar,
provocar efeitos,
mas nunca se sabe
para que tempo,
nem a que distância.
Vítor Oliveira Jorge, poeta português
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