sábado, 23 de abril de 2011

Redemoinho

Tanto canto que não morro
Fujo, corro e não sossego.
Olho o limbo
Entrego o olho
Foco o fraco e cuspo fogo

Quem tem o vento me vê
Quem vem no vento, me tem

Pasto o sono, cubro o morro
Roço o mato, mato o morto
Mordo o rabo
Pico fumo
Fecho o tempo e
Corto o couro

Quem tem o vento me vê
Quem vem no vento me tem

Soleira, cancela,
Panela, farinha
Bigorna, marreta
Batalha, briguinha
Desejo, banquete
Sandália, fivela
Fogueira, vaidade
Palácio, casinha


E o mundo roda, roda, roda.  

Artemilson Lima, cantor e compositor pauferrense

3 comentários:

  1. onde está o restante do poema, homi?

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  2. Aí vai o restante.


    Soleira, cancela,

    Panela, farinha

    Bigorna, marreta

    Batalha, briguinha

    Desejo, banquete

    Sandália, fivela

    Fogueira, vaidade

    Palácio, casinha



    E o mundo roda, roda, roda.

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  3. Saudações, Artemilson.

    Quando fui teu aluno no CEFET, descobri que eramos conterrâneos e que compartilhávamos o gosto por Ken Parker, mas não sabia que voce era poeta. Fico feliz por isso.

    Grande abraço!

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