Dona Mariinha, antes de morrer, com 93 anos
abriu os olhos
pediu o espelhinho redondo,
a caixa de pó
e quis saber de Adelaide, sua neta predileta,
como estava a pele do rosto.
Adelaide lhe retocou as rugas
com pó e ruge
ajeitou os cabelos com uma marrafa
e deixou que ela se fosse
assim, bonita.
Demétrio Vieira Diniz, poeta de Alexandria-RN, in Passarás.
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